Da série “filmes que não podem faltar no repertório de uma mulher”
“Os jovens amantes querem a perfeição. Os mais velhos aprendem a arte de emendar os rasgos e a ver a beleza na multiplicidade dos retalhos”.
Uma jovem mulher, prestes a se casar, decide terminar sua tese sobre a importância dos trabalhos manuais em uma temporada na casa da avó, onde, anualmente, senhoras amigas da família se reúnem para fazer colchas de retalhos.
Neste ano, a colcha teria um tema específico: “onde mora o amor”. E seria dada de presente de casamento à jovem mulher, que acompanha de perto cada etapa do trabalho. À medida que as senhoras vão costurando os seus retalhos, elas vão revelando à jovem mulher as paixões que moldaram suas vidas, nem sempre moralmente aprováveis, mas repletas de sonhos e revelações.
Este é o enredo do filme “Colcha de retalhos” (1995, EUA), que vem à cena para dar luz a diversas histórias apaixonantes de velhas mulheres e nos mostrar, através da isotopia do retalho, o quanto um trabalho coletivo realizado com amor pode revelar verdades inesperadas sobre nós mesmos; e o quanto essas verdades podem ser remontadas e costuradas, para mudar a visão interna que temos das coisas.
Não jogue fora nenhum retalho descartado em função de suas escolhas, porque com outros pedaços de tecido, talvez esquecidos pelos cantos, você pode tecer, com suas próprias mãos uma nova perspectiva em nome do amor.
São nossos próprios retalhos que produzem as mais belas colchas a nos acolher quando necessitamos.
“Colcha de retalhos” é, sem dúvida, um filme indispensável para o repertório de uma mulher.
