Oração de ano novo: às mulheres do sagrado feminino
Tomo posse da minha espiritualidade e tudo o que ela oferece. Acolho quem precisa e assumo a certeza de todos os meus Oráculos – eles me conduzem – mostram a minha força para o mundo e multiplicam o bem.
Assumo minha ancestralidade e faço uso do meu poder curativo – sou um ser sagrado capaz de se conectar com todas as minhas Deusas e agir como elas. Eu sou. Eu posso. Eu ajo.
Rogo com o fogo. Danço com o ar. Moldo com o barro. Lavo com as águas o meu coração. Meu espírito reina por onde quer que eu passe.
O sono me alimenta e com ele nunca mais deixo de conjugar – me entrego à amorosidade de mim mesma. Eu emerjo. Me assumo. Me guio. Me respeito.
Não admito mais tencionar o meu corpo em função das dores da alma. A culpa é um véu que eu mesma retirei, queimei e jorrei aos ventos. Eu renasço.
Não sabotarei nenhuma parte dos meus desejos, nem aquilo que está no meu íntimo. Não há fuga. Encaro meus atalhos e destruo cada um deles, com eficiência e paciência. Sei esperar e fazer da espera meu alicerce. Eu conheço as minhas pedras e as quebro, uma a uma, em vez de tomar desvios.
Uso todo o meu conhecimento e a vida pregressa para conquistar meus objetivos. Tenho todas as ferramentas necessárias para viver o meu presente em abundância e criar o meu futuro de acordo com a minha vontade e concretizo o que eu quero com a força das minhas próprias mãos.
Aceito as consequências das minhas atitudes e quem eu sou – uma mulher de energia intensa, entusiasmo e renovações. Ativo minha intuição, meus dons ocultos e minhas adivinhações.
Vivo como meus iguais, mas fluo de modo diferente no mundo. Traço a fios de ouro a minha existência e agradeço por todos os enlaces criados, dos mais finos aos mais grossos. Ergo os braços, abro as mãos e recolho as chuvas de luz de um novo tempo. Eu ordeno.
Texto de Marília Marcucci
@mariliamarcucci
